POLÊMICA SOBRE A RENÚNCIA DO PAPA BENTO XVI.
Papa Bento XVI renunciará dia 28 de fevereiro de 2013. Ele está no cargo desde 2005. Alegando não ter condições físicas suficientes para se manter no papado, ele optou pela renúncia. Ele declara estar consciente da gravidade de sua decisão. O último pontífice a renunciar foi Celestino V em 1224, com apenas cinco meses de pontificado. Gregório XII abdicou a contragosto em 1415 para encerrar uma
disputa com um candidato rival à Santa Sé. Outros papas que renunciaram são
Ponciano, em 235; Silvério, em 537; João XVIII, em 1009; e Bento IX, em 1045.
Segundo o Vaticano, o motivo de sua renúncia não seria por estar doente.
Até a festa da Páscoa, em 31 de março, o novo Papa deverá ser escolhido.
Em sua conta no Twitter Bento XVI declarou: "somos todos pecadores".
O Papa dos Lobos ( Por Antonio Luiz M. C. Costa)
O Papa dos Lobos ( Por Antonio Luiz M. C. Costa)
Embora a eventualidade
fosse juridicamente prevista, é absurdo afirmar que a renúncia de um papa é “um
fato normal na Igreja Católica”, como fez o arcebispo de Salvador, dom Geraldo
Majella, em entrevista à rádio Jovem Pan. Dos 265 papas listados pela história
oficial em quase 2 mil anos, apenas quatro renunciaram: Bento IX (1045),
Gregório VI (1046), Celestino V (1294) e Gregório XII (1415). E sequer eles
foram precedentes comparáveis.
Os conservadores do
clero tentam dar o caso da renúncia do papa como “normal”. Óbvio que não é.
Foto: Stefano Rellandini/ Reuters/ LatinStock
Gregório XII, papa de
Roma, foi forçado pelos cardeais a abdicar, enquanto os “antipapas”
concorrentes João XXIII de Pisa (que não se confunda com o papa de mesmo título
do século XX) e Bento XIII de Avinhão eram depostos, para pôr fim ao Grande
Cisma do Ocidente e reunificar a Igreja. Bento IX renunciou para vender o cargo
a Gregório VI que, por sua vez, foi “renunciado” à força pela maioria de seus
bispos, com apoio do imperador Henrique III.
Celestino V, um eremita
respeitado como homem santo em Roma, foi eleito papa contra a vontade ao
ameaçar com a ira divina o colégio de cardeais que se reunia havia dois anos
sem chegar a um consenso. Em cinco meses no cargo, mostrou-se completamente
incompetente. Aconselhado pelo cardeal Benedetto Gaetani a abdicar, decretou o
artigo do Código Canônico usado por Bento XVI. Gaetani elegeu-se papa Bonifácio
VIII e por recear a influência do ex-papa, mandou prender o idoso Celestino,
que morreu após dez meses de prisão. Bonifácio ficou quase nove anos no trono,
mas se desentendeu com Filipe IV da França, quando este quis taxar a Igreja.
Após se declarar superior aos reis e excomungar Filipe, foi capturado por
tropas francesas que o intimaram a renunciar. Ao recusar, foi espancado e
morreu três dias depois. Após a morte, sofreu a humilhação adicional de ser
destinado ao oitavo círculo do Inferno de Dante Alighieri, seu inimigo
político, ao lado de Celestino V e Nicolau III.
Fonte: http://www.cartacapital.com.br
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