CLIQUE AQUI E VEJA INFOGRÁFICO SOBRE TECNOLOGIAS MÓVEIS.
A presença das tecnologiasdigitais nas escolas é uma realidade. Alunos, professores e gestores carregam
seus celulares, tablets ou notebooks e também há os computadores para uso na
própria escola. Mas a inserção dessas tecnologias no dia a dia das práticas
educacionais é outra história, pois requer o envolvimento dos públicos em
atividades que exigem habilidades e metodologias que estão além das exigidas
para o ensino tradicional.
O *Instituto Claro procurou saber,
por meio de enquete no portal e no Facebook, “quem mais resiste à presença da
tecnologia digital na escola”, o que também significa saber qual público mais
se esquiva de usar essas ferramentas que já estão no ambiente escolar com fins
pedagógicos. A maioria dos participantes (55%) concorda que quem torce o nariz
para as tecnologias, primeiramente, são os professores, por acreditarem que
incluí-las na rotina das salas de aula representará trabalho extra. Ao escolher
esta opção, Vera Menezes chegou a comentar no Facebook: “A notícia que tenho,
dada por um secretário de educação no Sul, é que gestores e professores ainda
resistem muito à inovação. Os computadores chegaram nas escolas, mas ainda
estão dentro das caixas”.
Confira abaixo o resultado da
enquete:

“De fato, no início, pode haver
mais trabalho, pois é preciso dominar a tecnologia, saber usá-la, mas com o
tempo, quando a nova metodologia estiver estabelecida e houver familiaridade
com os recursos digitais, isso muda, pois o professor não precisa preparar
materiais imensos para cada aula, o aluno também traz pesquisas, conteúdos, e
as dinâmicas costumam ser mais colaborativas”, afirma Lilian Siqueira,
professora de tecnologia educacional especializada em design instrucional e em
produção multimídia.
Por três anos, Lilian esteve à
frente da formação de alunos em escolas públicas do município de Jacareí (SP),
em um programa promovido pela prefeitura da cidade. A partir da sua
experiência, decidiu montar um curso fora da instituição pública para formar
educadores que ainda estavam nos cursos de pedagogia. “Percebi que muitos
tinham resistência por não saberem lidar com as TICs. Como nas faculdades
existe essa deficiência, passei a atuar com quem ainda não havia entrado na
sala para dar aula.” A resposta, no Facebook, do perfil Redigir Fale UFMG, da
Faculdade de Letras da instituiçã, ilustra o relato da professora: “Muitos
professores resistem e muitos gestores não oferecem condições para que isso se
efetive. Mas essa é uma questão complexa, porque ninguém sabe bem o que fazer
com as tecnologias em sala de aula”.
A experiência nas escolas também
leva Lilian a a concordar com o dado da enquete que mostra que os alunos são os
menos resistentes ao uso das tecnologias digitais. Apenas 5% dos votos foram
direcionados para os estudantes. Mas qual é o perfil dos alunos que, mesmo
minoria, ainda resistem às tecnologias?
Para Lilian, trata-se de um grupo
que não se sente confortável em usar tecnologias digitais. “Eu tive alunos em
salas do EJA [Ensino de Jovens e Adultos], com mais de 40 anos, que não faziam
questão alguma de trabalhar com o computador. Os desafios deles já eram outros,
então preferiam ficar no lápis e no papel.”
O ‘gap’ digital no planejamento
Os gestores, público apontado na
enquete como o segundo mais resistente, são os responsáveis pela coordenação e
execução do planejamento nas escolas. Para 40% dos participantes da votação,
eles ainda não contemplam as tecnologias da informação e da comunicação no
momento em que pensam o ano escolar. O que reflete, inclusive, a necessidade de
vencer as resistências e, como destacou Lilian, a necessidade de aprimorar-se
para colocar as tecnologias digitais no planejamento anual.
De acordo com os votantes, nem
mesmo a família é unânime em relação à aplicação das tecnologias digitais nas
atividades pedagógicas. Uma fatia um tanto relevante, de 15% dos votos, aponta
para este público como resistente porque ainda vê a tecnologia apenas como
entretenimento e desconhece seu potencial na aprendizagem.
Fonte: www.institutoclaro.org.br
* O Instituto Claro é a área
responsável pela gestão do investimento social da Claro. O Instituto acredita
que as tecnologias digitais móveis potencializam a aprendizagem e promovem o
desenvolvimento comunitário.
Nenhum comentário:
Postar um comentário